sábado, 14 de janeiro de 2012

Ciclo “Isto é Jazz?” na Culturgest

Satoko Fujii
Sexta, 20 de Janeiro, 21h30
Pequeno Auditório
Preço único: 5€



“Desde o seu aparecimento na cena do jazz em meados dos anos 90 que a pianista Satoko Fujii rapidamente se afirmou como uma das vozes mais cativantes e excitantes do jazz de vanguarda.” JazzEd

Nos últimos anos, a pianista e compositora Satoko Fujii tem rapidamente imposto o seu nome nos circuitos internacionais da música criativa e tornou-se num dos expoentes de uma nova caracterização do músico do século XXI: vem adotando as mais diversificadas linguagens musicais, da erudita contemporânea ao rock alternativo, com passagens pelo jazz e pela tradição nipónica. Nascida (1959) e residente em Tóquio, mas adotada pela cena nova-iorquina como uma das suas mais ilustres representantes, conta já com cerca de 50 discos enquanto líder ou colíder, cobrindo um variado tipo de combinações instrumentais, do seu aclamado trio com Mark Dresser e Jim Black ao formato big band com participantes japoneses. Podemos ouvi-la nas melhores companhias: as de Natsuki Tamura, Larry Ochs, Carla Kihlstedt, os também pianistas Myra Melford e Misha Mengelberg, Ted Reichmann, para só mencionar alguns. Estudou na Berklee College of Music de Boston e no New England Conservatory onde os seus mestres foram George Russell, Cecil McBee e Paul Bley. Satoko Fujii tem surpreendido por propor uma música que desafia os rótulos e é iminentemente inovadora e inconformista, ainda que no seguimento da ancestralidade do país do Sol Nascente, sobretudo a popular, e da história do jazz, com um apreço particular pelos pioneiros da estética free. O trio que mantém com o contrabaixista Mark Dresser e o baterista Jim Black conta já com sete discos editados, e tem recorte que se pode apelidar de camerístico, já o Satoko Fujii Quartet entra nos domínios do rock, tendo na bateria um elemento dos Ruins, Tatsuya Yoshida. Fujii lidera quatro orquestras, uma em Nova Iorque e as outras em Tóquio, Nagoya e Nobe, com músicos cujos perfis lhe permitem abordagens bem distintas. Com Tamura partilha cinco projetos, um duo, um trio com a inclusão de John Hollenbeck, Junk Box, e três quartetos, Gato Libre, em que toca acordeão, ma-do e First Meeting.

Apresenta-se a solo neste concerto, o que para ela é sempre um desafio muito especial. Como a própria diz: «Quando toco com alguém, obtenho inspiração dos meus colaboradores. A solo, tenho de buscar essas referências na minha voz interior para que a música possa acontecer. E também me inspiro nas reacções da audiência, pois é directamente com as pessoas que se encontram presentes que comunico.»

Sem comentários:

Enviar um comentário